30.1.09

Arte do Trevo



O Arte do Trevo é um projecto derivante do macapi  e consiste na criação e divulgação de peças, adereços, objectos, formas animadas e o que mais surge pelos entre...tantos pensamentos criativos.

Dias 7 e 8 de Fevereiro vai acompanhar a divulgação/mostra macapi na Festa dos Saberes e Sabores do II Encontros Interculturas no CCRAM.

Apareçam;-)

27.1.09

Porquê Ibérica?

Os Romanos, os Lusitanos...


Os Romanos, já possuidores de um vasto império, cuja capital era Roma, chegaram à Península Ibérica no século III a.C. 

Tinham um exército muito bem organizado e armado, acabaram por dominar os povos Peninsulares, mas encontraram forte resistência por parte dos Lusitanos.


Os Lusitanos elegeram um chefe: Viriato. Ele, que havia sido pastor na serra da Estrela, transformou-se num grande guerreiro, conseguindo derrotar os Romanos em muitos combates. Os Romanos, sentindo-se fortemente ameaçados, contrataram três lusitanos, que assassinaram o seu chefe.


O lugar de Viriato foi depois ocupado por Sertório, um antigo general romano, que continuou a luta contra Roma. Os Romanos só conseguiram dominar toda a Península Ibérica após duzentos anos de lutas.


A presença dos Romanos na Península Ibérica durou cerca de oito séculos, durante os quais se deu o processo a que se chama romanização. Trata-se da adopção, por parte dos habitantes da Península, da cultura romana (a língua (o latim), os costumes e leis, a religião, a moeda, as técnicas de construção, a numeração romana, a arte, etc.).


Os romanos falavam latim, língua que deu origem à língua que falamos hoje.

Quando os Romanos dominavam a Península, nasceu Jesus Cristo (há 2009 anos), na cidade de Belém na Palestina. Vivia nessa altura e dominava a Península o rei Herodes.


Cristo pregava o Cristianismo, que era uma doutrina em que se anunciava a existência de um único Deus, a justiça, a igualdade e o amor entre os homens.
As populações, cansadas das tiranias dos Romanos, seguiam Jesus Cristo para ouvirem a sua palavra.


Isto não agradou aos Romanos que começaram a perseguir e a torturar os «cristãos» e estes tiveram mesmo de se esconder em túneis debaixo do chão para lá rezarem (eram as catacumbas).


Os romanos, já muito raivosos, acabariam por condenar Jesus Cristo à morte, crucificando-o no Monte do Calvário. Apesar deste acontecimento, a religião cristã continuou a desenvolver-se e mais tarde, o Imperador Romano Teodósio, converteu-se ao cristianismo.

Celtiberos, Lusitanos...

Os Celtas e os Iberos misturaram-se, originando os Celtiberos. Estes estavam
divididos em várias tribos, entre elas os Lusitanos, que viviam num território
situado entre os rios Douro e Tejo (a Lusitânia).


Os Lusitanos desenvolveram-se muito graças ao contacto com os Fenícios, os Gregos e os Cartagineses, que, ao contrário dos povos anteriores, não vinham do Norte e do Centro da Europa, mas sim do Mediterrâneo, e dedicavam-se ao comércio.
O contacto com estes povos foi benéfico : os Fenícios trouxeram o alfabeto, os Gregos o uso da moeda e os Cartagineses a conservação dos alimentos através do sal.

Os primeiros povos...

Portugal, o país onde vivemos, nem sempre foi como hoje o conhecemos.

Situa-se numa península, conjuntamente com Espanha, de nome Península Ibérica.

Esta foi sendo povoada ao longo de muitos séculos.
Povos de outras regiões começaram a chegar à Península Ibérica e aqui se instalaram, entre eles os Iberos e os Celtas.

A Península Ibérica foi sempre muito procurada pelas seguintes razões :

Boa situação geográfica;
Porta de comunicação entre a Europa e a África;
Banhada por numerosos rios e o solo era muito produtivo;
Clima ameno e o subsolo era rico em ouro, prata, estanho, chumbo e cobre.


Os Iberos estavam divididos em várias tribos, que se dedicavam ao cultivo da terra e à criação de animais. Este povo já conhecia a escrita. Vieram dar origem ao nome da Península Ibérica.

Os Celtas construíram povoados fortificados no cimo dos montes: os castros. As casas eram redondas, com telhados feitos de colmo. Ficaram também conhecidos no domínio da ourivesaria, pelo fabrico de jóias.



Ibéria também é o nome dado à ilha constituída por Portugal e Espanha antes da sua transformação em península, aquando a sua junção com França, há muitos milhões de anos.

A Península Ibérica fica situada no Sudoeste da Europa. 

Politicamente, três países se localizam nesta península: Portugal, Espanha e Andorra, além de um enclave território britânico ultramarino, Gibraltar.

Formando quase um trapézio, a Península liga-se ao continente europeu pelo istmo constituído pela cordilheira dos Pireneus, sendo rodeada a Norte, Oeste e parte do Sul pelo oceano Atlântico, e a restante costa sul e leste pelo mar Mediterrâneo

O seu ponto mais ocidental é o Cabo da Roca e o mais oriental o Cabo de Creus.
Com uma altitude média bastante elevada, apresenta predomínio de planaltos rodeados por cadeias de montanhas, e que são atravessados pelos principais rios.

 Os mais importantes são o rio Tejo, o rio Douro, o rio Guadiana e o rio Guadalquivir, que desaguam no oceano Atlântico, e o rio Ebro, que, por sua vez, desagua no mar Mediterrâneo.

As elevações mais importantes são a Cordilheira Cantábrica, no Norte; o Sistema Penibético (serra Nevada) e o Sistema Bético (serra Morena), no Sul; e ainda a Cordilheira Central (serra de Guadarrama), de que a serra da Estrela é o prolongamento ocidental. 

Densamente povoada no litoral, a Península Ibérica tem fraca densidade populacional nas regiões interiores. Excepção a esta regra é a região de Madrid, densamente povoada.

Ao longo dos tempos já foi chamada de vários nomes enquanto era governada por povos distintos. Entre eles, destacam-se os nomes Iberia e Hispania

Iberia foi o nome grego dado à península Ibérica, porque eles conheciam apenas a parte entorno do rio Íber

Hispania era o nome romano da península. A região, depois do período histórico denominado Reconquista, foi se transformando e os muçulmanos foram expulsos.

Com o casamento entre Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela, surge a Espanha e, com a guerra entre D. Afonso Henriques e o reino de Castela e Aragão, surge Portugal.

Na Península Ibérica são faladas sete línguas oficiais (a castelhano, o português e o inglês são oficiais, respectivamente, em Espanha, em Portugal e em Gibraltar; como co-oficiais encontram-se mais quatro: o catalão (oficial em Andorra), o galego e o basco - nas respectivas comunidades autónomas de Espanha, o aranês no Vale de Aran, e o mirandês (no concelho de Miranda do Douro) em Portugal; a estas há que somar mais algumas línguas não-oficiais (astur-leonês, aragonês e o romani), algumas delas com dialectos importantes (valenciano, andaluz, etc.).




24.1.09

Somos todos responsáveis

Berta Sperber, Licenciada em Psicologia e Sociologia, especialista em Terapia Sistémica explica-nos porquê face ás guerras e á destruição planetária, não podemos permanecer indiferentes.

Torna-se difícil ficar indiferente ao horror que estamos a ver desenvolver no Médio Oriente. Vê-mos as imagens, conversamos com os amigos e tendemos a viver como algo alheio a nós, ou suficientemente distante para que possamos influir.

Sentimo-nos sem poder e ficamos a escolher uma posição, como se estivéssemos realmente informados dos acontecimentos que são gerados e quais as verdadeiras motivações.

Mais ainda, quando nos colocamos a favor de um lado ou de outro, estamos a legalizar o horror. Estamos a dizer que se justifica a guerra e a matança entre seres humanos, E é a isto que precisamos dizer um NÃO definitivo.

Nenhum motivo justifica danificar, torturar, privar dos seus direitos, ou matar um outro ser humano. A dignidade não ode ser espezinhada.

O ódio não tem final se não o diluirmos no amor incondicional. É a única energia que pode pôr um fim a tanta loucura.

Hoje a física quântica demonstra-o. Pode curar, pode construir e pode criar. Pode fazer luz onde tanta escuridão existe e, o nosso intelecto dirá que foi um milagre só porque não pode perceber esse nível da realidade.

Uma mensagem de amor emitida, percorre o planeta num minuto e desenvolve abundância e generosidade por todo o lado. Portanto, somos todos responsáveis e todos podemos mudar a realidade. Basta fazer uso do poder que temos.

Da mesma maneira negamos o que está a acontecer a nível ecológico: as altas temperaturas produzidas no Verão avisam de que o aquecimento do planeta e o seu desequilíbrio estão á vista e anunciam piores situações.

O desequilíbrio do nosso planeta estamo-lo a gerar nós próprios.

Indiferença = Cumplicidade
O que acontece se ficarmos indiferentes face a uma realidade que em diferentes aspectos nos está a anunciar perigos eminentes?

As preocupações continuam reduzidas ao próprio bem-estar, projectos ou misérias individuais.

O auto-engano ou a desconexão afirmam-se.

Somos todos protagonistas de tudo isto e temos o poder de alterar a situação se o decidirmos de forma conjunta.

Não faz falta uma revolução ou uma manifestação. Faz falta sim, desenvolver o amor incondicional conjuntamente e enviá-lo para todo o planeta que está a expressar o nosso desequilíbrio vingativo e a nossa avareza descontrolada.

Como é possível não entendermos que ninguém poderá sair favorecido desta vez?

Porquê este afã destrutivo nos domina e faz cúmplices de tanta loucura ambiental e humana???

Aquilo em que acreditamos influi sobre o planeta
Temos de nos observar. Se somos capazes de construir tanto caos podemos usar esse mesmo poder para construir um mundo equilibrado e em paz.

Temos de observar a concepção da vida e de nós mesmos que nos limita, que nos faz acreditar que somos alheios ao que sucede, que somos impotentes, ou que justifica os factos por crenças ou valores prejudiciais que nos deixam implorando que não nos afectem.
Tenho uma boa notícia: isto é só um olhar equivocado que nos ensinaram.

Cada ideia, sentimento e acção nos distintos mundos em que nos movemos tem a sua influência no planeta.


... desliguem a música no slide show da barra lateral para melhor audição do vídeo... 
                  



Com lenha prometida, não se aquece a casa.
Só em actividade desejarás viver cem anos.
Não digas: 'é impossível'.
Diz antes: 'não o fiz, ainda'.

provérbio japonês

Movimento Almada Pedonal

Esta manhã, uma comitiva do movimento de cidadãos reuniu com o Vereador José Gonçalves, responsável pela Divisão de Trânsito.

As preocupações e reivindicações do movimento foram apresentadas e discutidas com o vereador.
O vereador considerou que existe uma sintonia entre os interesses deste movimento de cidadãos e o executivo da Câmara Municipal de Almada. A crítica à circulação de autocarros da TST por esta zona é mútua e o executivo municipal está a trabalhar com o Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT) no sentido de retirar as 4 carreiras que ainda circulam por esta zona e instaurar uma nova carreira mini-bus que faria um trajecto circular entre a zona pedonal e Almada Velha. Quanto aos autocarros em claro incumprimento - casos de autocarros que estacionam abusivamente na zona pedonal ou que a atravessam para recolha, o vereador garantiu queos TST já foram avisados e que, se não rectificarem a situação, passarão a ser autuados como qualquer outro veículo que não cumpra as regras da zona pedonal.

Quanto aos acessos especiais, José Gonçalves, salienta que procuram fazer uma redução faseada dos automóveis e das cerca de 1000 autorizações especiais actualmente concedidas pela ECALMA. Para o movimento de cidadãos, esta abordagem coloca um grave problema de segurança na zona pedonal e deixa um precedente difĩcil de mudar no futuro. “Embora o vereador nos tenha garantido que estas autorizações especiais são uma situação temporária, sabemos que, depois de habituadas, as pessoas dificilmente vão abdicar dos seus privilégios adquiridos”, comenta Silvia Hable, moradora do centro de Almada que esteve presente na reunião. O movimento pretende manter a pressão para que se ultrapasse o quanto antes esta situação de transição.

Foram ainda discutidas soluções técnicas e urbanísticas que permitam acomodar um conjunto de situações e necessidades dos moradores e utentes deste espaço. Em jeito de conclusão, Silvia Hable comenta que “a situação actual é altamente perigosa, desvirtua o espaço público e prejudica o comércio local. Por isso, temos que tornar esta zona verdadeiramente pedonal”.

Vários moradores e transeuntes apareceram para ver esta nova iniciativa do movimento de cidadãos, muitos deles expressando o seu apoio. 

Para o futuro está previsto o lançamento de um abaixo-assinado em defesa da zona pedonal.

23.1.09

Marcha Caracol;-) Almada Pedonal

A Marcha Caracol na zona pedonal de Almada decorreu suavemente e a passo de caracol.




Marcada para as 16 horas de hoje, onde em plena Praça do MFA, pontuais, já os representantes de alguma imprensa nacional se ambientavam e instalavam.

Os cidadãos foram chegando e não tardou a que a concentração do movimento se começa-se a movimentar.

Soube que hoje pela manha houve uma reunião entre o Movimento Almada Pedonal e a Câmara Municipal de Almada que se mostrou sensibilizada para a valorização da Zona Pedonal.

No JR de Almada desta semana, na página 4, encontra-se uma notícia sobre a celebração do dia 16 onde se refere também :

Da parte da Câmara Municipal de Almada, o Vereador da Mobilidade, José Gonçalves, confessa que se sente 'orgulhoso' quando vê movimentos de cidadãos a defender a zona pedoanal, mas lamenta que a celebração tenha terminado com pessoas feridas e detenções. De qualquer forma realça que nesta via central da cidade passavam habitualmente 40 mil veículos por dia e hoje passam 'poucas centenas'. 

'Estamos a implementar uma zona pedonal numa área já consolidada da nossa cidade. Temos de dar tempo ás pessoas e ás instituições para se adaptarem.'

As Celebrações e a Marcha Caracol são acções de sensibilização que promovem essa adaptação.

Houve bastante interesse e motivação por parte dos cidadãos, folhetos distribuídos aos condutores, diversão, troca e expressão de ideias.

Foi justamente num momento de expressão de ideias, quando um cidadão trouxe uma alcatifa - sugerindo uma passagem especial para os carros - e pacotes de farinha para desenhar corpos no chão - porque basta estar distraído a passear na zona pedonal para se ser atropelado - que chegou uma viatura da policia com dois policias que se dirigiram rapidamente ao jovem cidadão que estava a expressar livremente a sua ideia, dizendo que ele não podia por a alcatifa na passagem dos carros, tinha de pôr na zona que o Sr Policia estava a indicar. Como a simpatia do Sr Policia foi tanta, a imprensa e outros cidadão registaram o momento ilustrado por :

- Podem tirar fotografias á vontade!! - dizia o sr Policia.

Ao que eu ainda respondi:

- Ai podemos???? - e cá entre nós e vós... então porque é que na passada Celebração os Srs Policias nos tiraram as máquinas e apagaram tudo, fosse ou não registo da celebração????Ameaçando inclusive nos deter e á máquina??? 

Pois é, pois é... domingo sabe de cór o que vai dizer segunda -feira...

A Marcha seguia suavemente pela zona pedonal a passo de caracol - sem impedir o trânsito na zona pedonal -  quando chegou uma carrinha da policia e vê-mos á volta de 8 policias  de capacete, cara tapada e um furor expresso nos movimentos e na bruta correria com que nos abordaram - cidadãos da Marcha Caracol - chegando a ameaçar caso não deixássemos os carros passar.

Na Celebração de dia 16 levei os meus dois filhos, desta vez optei por levar só o David - de 6 anos-  e a reacção dele ao ver os policias de capacete foi, mais uma vez - ficar de boca aberta.

Da parte do Movimento Almada Pedonal não houve carapaça de caracol mas a Policia trouxe a sua carapaça = capacete e cara escondida.

A Marcha seguiu tranquilamente, escoltada pelos Polícias que de certa forma foram caracóis como nós,  pois fizeram parte do percurso na fila caracol.

Se fazemos uma acção pacífica de sensibilização, porque vêem eles de capacete e cara tapada?? O que queriam??? Se houve reunião com a Câmara, se tudo está tranquilo para que os cidadãos se manifestem, porquê esta reacção da parte dos Policias de Segurança Pública?

Não se pretende um braço de força com a policia, pretende-se sim uma zona pedonal onde se possa circular e conviver.

O macapi vai acompanhar o Movimento Almada Pedonal e esperemos que tudo siga o seu caminho pacificamente.
Esperemos que quem tem acesso especial á zona pedonal respeite os peões que circulam e seja consciente ao circular na zona pedonal. 

Mais informações em : http://gaia.org.pt/almadapedonal

O povo português tem muitos ditados populares:

Casa roubada, trancas á porta. - é um que se ouve regularmente.




22.1.09

MACAPI em MOVIMENTO

O macapi está a organizar informação directa sobre as actividades em movimento.

Podem espreitar aqui
 
http://sites.google.com/site/macapi22/

O blog continua a fazer a ponte de ligação do macapi em movimento.

Abraços MacapiAnimados

Até Breve

Transformação MACAPI

Hoje chuvisca e algumas gotinhas desvendaram um novo caminho.

MACAPI - o nosso nome conhecido pelas iniciais do conjunto :

  Movimento Animação Cultural Artes Para a Infância

... hoje, com as energias de 22:

 Construindo a partir do Novo. Construindo Novas Vidas e um Novo Mundo 

... transforma-se em:

 MACAPI - Movimento Animação Cultural Arte Popular Ibérica



21.1.09

Manifestação de Paz!!!!!!!!



O brutal ataque que o governo de Israel desencadeou sobre a população da Faixa de Gaza a 27 de Dezembro, traduziu-se num criminoso massacre, numa destruição e numa catástrofe humanitária sem precedentes. Mais de 1300 palestinianos foram mortos, entre os quais 417 crianças e 107 mulheres cobardemente assassinados.
Exigimos o fim dos massacres que há mais de 60 anos são perpetrados contra o povo palestiniano
Os bombardeamentos e a invasão foram mais um exemplo da política de terrorismo de Estado de Israel numa guerra desigual contra o povo da Palestina e contra o seu inalienável direito a construir o seu Estado independente e soberano em solo da Palestina.
As bombas deixaram de cair na Faixa de Gaza mas a actual situação de cessar-fogo é frágil. As declarações e discursos políticos de Israel não dão qualquer garantia de que novos massacres não voltem a acontecer. O espectro da reocupação de Gaza permanece actual, o criminoso bloqueio ao território mantém-se, tal como permanece a ocupação da Palestina, a construção dos colonatos, o muro de separação e o autêntico genocídio do povo palestiniano.
As bombas deixaram de cair mas a Paz não chegou ao Médio Oriente. Essa só terá lugar com o reconhecimento dos direitos nacionais do povo palestiniano, com o estabelecimento do Estado da Palestina nas fronteiras anteriores à guerra de ocupação de 1967, com capital em Jerusalém Leste. A luta continua por uma Palestina livre e independente!
As organizações promotoras da Manifestação que tem lugar em Lisboa, no Largo Camões, no dia 24 de Janeiro, às 15 horas, apelam a todos os homens e mulheres de paz que unam as suas vozes em solidariedade com o povo palestiniano que resiste e luta:
Pelo Fim dos massacres do Povo Palestiniano
Pela investigação e processamento dos responsáveis israelitas pelos crimes de guerra e contra a Humanidade
Pelo Fim ao Bloqueio a Gaza
Pelo Fim à Ocupação da Palestina
Por uma Paz Justa e duradoura no Médio Oriente

Celebração Zona Pedonal em Almada


CONTINUAMOS A CELEBRAR A ZONA PEDONAL!
PRÓXIMA 6ª FEIRA, 23
16h00, Praça MFA


O que queremos com este movimento de cidadãos?

Nós queremos incentivar uma discussão sobre a responsibilidade dos cidadãos em respeitar a zona, sem ou com polícia a fiscalizar. Em particular, queremos que as pessoas que „têm direito“ a uma autorização especial para os seus veículos se questionam se faz realmente sentido colocar em causa a saúde e o direito dos utentes da zona pedonal para levarem o carro até à sua porta ou portão da escola, ao invés de caminhar algumas dezenas de metros ou usar o transporte público.
Queremos que os carros, que continuam a estacionar em plena zona pedonal, sejam devidamente punidos, de dia ou de noite. Queremos criar um espaço verdadeiramente agradável para tod@s, uma zona pedonal, sem hierarquias nem desrespeito. Defendemos uma zona pedonal para os peões e não para mil e um veículos automóveis com autorizações especiais.

Apelamos à Câmara Municipal de Almada para que leve o plano até ao fim, isto é, implementar a zona sem excepções. Uma zona pedonal tão perigosa como está agora, é melhor não chamar-se zona pedonal.

Apelamos aos orgãos de gestão autárquica, à Autoridade Metropolitana de Transportes e Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres para que promovam e implementem mais transporte público em todo o concelho de Almada, promovendo a sua utilização.

A defesa desta zona pedonal não é apenas uma defesa de um espaço físico de 500 metros. É acima de tudo uma necessidade de futuro largar o carro e retomar a rua!

Informações em 
http://gaia.org.pt/almadapedonal/


II Encontro Intercultural de Saberes e Sabores

II Encontro Intercultural de Saberes e Sabores
2 a 8 de Fevereiro de 2009
PROGRAMA





Segunda Dia 2 de Fev. 2009

• Exposição de Angola - Apoio FEC – Fundação Evangelização e Culturas

• 21.00h Colóquio: Educação, Diálogos Transatlânticos e Reinvenções – Auditório de Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho 

Inscrições em www.cm-seixal.pt ou para gab.cooperacao@cm-seixal.pt

Programa
21.00H - Acolhimento

Cultura e Educação - Uma visão ontológica

José Luís Vieira de Almeida - Doutorado em Educação na Universidade de S. Paulo
Literatura e Educação: intertextos, interculturas

Teresa Maria Grubisich - Doutorado em Estudos Literários na Faculdade de Ciências e Letras da Universidade de S. Paulo
Educação e Literatura ou os territórios da mestiçagem
Mia Couto, escritor-poeta dos entre-lugares

Madalena Mendes
Doutoranda do Doutoramento em Educação na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

Iniciativa em parceria com o Instituto Paulo Freire de Portugal



Terça Dia 3 de Fev. 2009

• Exposições – Telas de Artistas Guineenses

• 9.00 às 18.00h – Seminário “Interculturalidade no Contexto Escolar” – Auditório Centro Cultural e Recreativo Alto do Moinho

Inscrições em www.cm-seixal.pt ou para gab.cooperacao@cm-seixal.pt

Programa

9.00 – Acolhimento
9.30 – Sessão de abertura:
Corália de Almeida Loureiro – Vereadora Pelouro Recursos Humanos, Património e Acção Social 
José Augusto Fernando Torres – Presidente Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho
Maria Helena Palacino – Coordenadora Gabinete de Cooperação e Desenvolvimento Comunitário.  

10.00h – As Armadilhas e Subtilezas da Integração
Oradora: Fátima Quintal de Freitas – Investigadora em Psicologia Social e Comunitária – Instituto Superior de Psicologia Social e Comunitária, Universidade do Porto e Universidade Federal do Paraná.  

10.30 - A Escola Multicultural: Desafios e Respostas – Partilha de Experiências 
Orador: Ricardo Martinez – Sociólogo e Professor na Escola Superior de Educação de Setúbal, e na Universidade Católica de Lisboa.

11.00-Pausa Para Café

11.30- Imigração e Integração Escolar dos Filhos dos Imigrantes da Europa de Leste.
Orador – António Joaquim Sota Martins – Professor Titular do 1º grupo do 2º Ciclo do Ensino Básico

12.00 – Por Uma Escola Intercultural
Orador: António Luís Pinto da Costa – Reitor da Universidade Sénior do Seixal  

12. 30 Debate – Moderadora – Paula Conceição – Associação Kamba – Associação de Angolanos do Concelho do Seixal

13.00 Almoço – No CCRAM mediante inscrição prévia

14.30 – Apresentação de Boas Práticas

14.30 - Projecto de Educação Para o Desenvolvimento: Povos Culturas e Pontes
Oradora: Silvia Pereira – Técnica Superior Gabinete de Cooperação e Desenvolvimento Comunitário da Câmara Municipal do Seixal

14.45 - Projecto Porta Aberta
Orador: Ricardo Valadas Fernandes – Psicólogo / Coordenador do Gabinete Psicossocial do Projecto Porta Aberta  

15.00 - Projecto Tutores de Bairro – Quinta da Princesa
Oradora: Sofia Peyssonneau – Coordenadora de Projecto

15.15 – Pausa Para Café

15.30 - Projecto Rualidades – Quinta do Cabral e Quinta da Boa Hora – Ass. Cultural Khapaz
Orador: A Confirmar

15.45 – Projecto Vamos Utopiar
Oradora: A Confirmar

16.00 – O Momento do Conto – o Poder da Palavra na Interculturalidade. Por Ilda Oliveira
16.45 – Debate
Moderadora – Lídia Duarte* – Associação Cabo-Verdiana do Seixal
* A Confirmar

17.15 – Encerramento 

Quarta Dia 4 de Fev. 2009

• Exposições

• 21.00H – Cinema: O Pesadelo de Darwin de Hubert Sauper – No âmbito da Mostra Objectivo 2015 

Quinta Dia 5 de Fev. 2009

• Exposições

• Jogos do mundo e contos tradicionais com Carolina e Os Contos (macapi) (duas sessões 11.00h e 16.00h)

• 21.00 H – Documentário e debate “Bab Sebta” – Iniciativa da Associação de Angolanos do Concelho do Seixal – Kamba e INDE – Intercooperação e Desenvolvimento.

Inscrições abertas em www.cm-seixal.pt, ou para gab.cooperacao@cm-seixal.pt



Sexta Dia 6 de Fev. 2009

• Exposições

• Jogos do Mundo e contos tradicionais com Carolina e Os Contos (macapi) (duas sessões 11.00h e 16.00h)

• 21.30 H – Teatro/Comédia Almagesto “Por causa da Rita”

• 22.00H – Festa de Danças Tradicionais Europeias – Salão Cooperativa Alto Moinho

Sábado Dia 7 de Fev. 2009

• 10.00 – Animação de Rua Toca a Rufar e Macapi (Movimento de animação cultural & artes para a infância)

• 11.00 h às 21.00 h - Exposição “Os Jogos do Mundo”

• 11.00 h às 21.00 h - Festa dos Saberes e Sabores

• 11.00 h às 21.00 h - Exposição de trabalhos das escolas: “Interculturas”

• 15.00 h às 20.00 h - Espectáculos Diversos : Val ‘ Tuna (EB 2º e3º ciclo Vale Milhaços), Rancho Folclórico de Vale Milhaços, Ballet – CCRAM, EB 1 Fogueteiro, Danças Africanas, Aldeia da Música, Guilherme Sousa, Grupo Sibilas – CCRAM, Cantadeiras Alma Alentejana, Danças Latinas CCRAM, Jotas, Tuna Universidade Sénior, Benny Pascoal, Danças Sevilhanas – CCRAM, Capoeira CCRAM, Lilia Silva (Representação da Madeira)  

• 21.00 h – Espectáculo Intercultural : Cordofones PT – Instrumentos e Vozes, Beatriz Costa (finalista do programa da TVI “ Uma Canção Para Ti” ), Sons da Gente e Edmundo Pascoal e Batoto Yetu

Domingo Dia 8 de Fev. 2009

• 10.00 – Caminhada “ Conhecer o Alto do Moinho e Corroios” – Inscrições em www.cm-seixal.pt

• 11.00 h às 21.00 h - Exposição “Os Jogos do Mundo”

• 11.00 h às 21.00 h - Festa dos Saberes e Sabores

• 11.00 h às 21.00 h - Exposição de Trabalhos das Escolas: “Interculturas”

• 14.00 h às 20.00 h - Espectáculos Diversos : Banda “ Vento Solar”, Grupo Djunta Mon- Grupo Coral Cabo Verdiano, Grupo dos Pauliteiros de Miranda, Grupo Infantil “ As Cores” – CCRAM, Danças Europeias CCRAM (inclui Workshop), Joana & Sérgio, Danças do Ventre – CCRAM, Jazz – Escola Moderna de Jazz do seixal, Poesia, Grupo Coral e Instrumental “Moinho de Maré”, Danças Africanas da EB 2º e 3 º ciclos de Vale Milhaços, Coro CCRAM, Grupo de Sevilhanas da Alma Alentejana. 


ORGANIZAÇÃO: Câmara Municipal do Seixal, Junta de Freguesia de Corroios, Centro Cultural e Recreativo do
Alto do Moinho.

18.1.09

II Encontro Intercultural de Saberes e Sabores



Na semana 2 a 8 de Fevereiro o CCRAM - Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho vai realizar o 2º Encontro Intercultural de Saberes e Sabores.

Depois do êxito que constituiu o 1º Encontro realizado no ano passado, este ano o CCRAM está a apostar forte nesta iniciativa. Além do CCRAM e da Câmara Municipal do Seixal, organizadores do 1º Encontro, este ano temos também a companhia da Junta de Freguesia de Corroios.

O encontro terá uma programação diária com colóquios, seminários, cinema (documentários), teatro, música, dança, poesia, arte, artesanato, sabores regionais portuguesas e de outros países, exposições, passeios culturais a sítios de interesse cultural, jogos tradicionais.

Salientamos a exposição cedida pela Associação de Professores de Matemática “Os Jogos do Mundo”, que nos dias 5 e 6 de Fevereiro estará á disposição das escolas, bem como sessões contínuas de Contos Tradicionais do Mundo com Carolina e Os Contos do MACAPI.

Como ponto forte da actividade teremos, também um espectáculo Intercultural, na noite de 7 de Fevereiro, que constituirá um encontro de música e dança com artistas portugueses e estrangeiros.

O seminário decorrerá durante todo o dia 3 de Fevereiro com o tema “A Interculturalidade no Contexto Escolar “.

Em breve será publicado o programa completo deste evento. 

17.1.09

Zona Pedonal de Almada

Recebi um mail com informações sobre a iniciativa realizada ontem - onde participei e postei aqui mesmo sobre o acontecido - mas ao que parece aconteceu ainda mais. 

Aqui fica o texto que recebi:


Peões agredidos e detidos pela polícia na Zona Pedonal de Almada

Direitos dos peões atropelados pelos automóveis

Esta 6ª feira, desde as 16h00, decorreu uma celebração da Zona Pedonal de Almada. Esta iniciativa, organizada por um movimento de cidadãos, visava reclamar o espaço de uma zona pedonal que é diariamente atravessada por centenas de automóveis. Passadas duas horas de celebração, a polícia carregou sobre os peões para permitir a passagem dos automobilistas pela zona pedonal. 2 pessoas foram detidas e 3 foram hospitalizadas.

Durante 2 horas, os cidadãos puderam celebrar pacificamente a zona pedonal. Houve percussão, jogos tradicionais e lanche oferecido a todos os peões da zona. Centenas de transeuntes passaram pela zona, manifestando o seu apoio e juntando-se à celebração.

Foi quando a percussão voltou a tocar, que a polícia interviu para abrir espaço para os automobilistas, empurrando idosos no chão e uma pessoa com um bébe no colo. Para a jovem mãe e cidadã do movimento,Silvia Hable,, “estes acontecimentos mostram quem manda na zona pedonal. Centenas de automóveis circulam por esta zona todos os dias, com ou sem autorizações especiais e sempre em excesso de velocidade. Quando nós, peões, decidimos finalmente usufruir de um espaço a que temos direito, somos corridos à bastonada pela polícia.”

A intervenção resultou em 3 feridos e 2 detenções. Os feridos foram transportados para o hospital, um deles com um traumastismo craniano e uma senhora continua internada até agora.

Os cidadãos ficaram chocados pelos acontecimentos de hoje no Centro da Almada. O movimento cívico vai continuar as suas celebrações já na próxima semana.



Para mais informações:

almadapedonal@gaia.org.pt / 21276532


Nesta imagem estou eu e os meus filhos - David e Joana - crianças da cidade de Almada.

16.1.09

... a celebrar os momentos...

Realidades e mudanças, a minha sensação....

Desta vez as marionetas são diferentes e cabe a quem ler decidir o melhor cenário.

Não tenho o hábito de ser tão clara, mas é impossível fazer de conta que está tudo bem e continuar a contar histórias.

No macapi não existem ligações políticas, existem preocupações ambientais, pedagógicas, culturais, humanas.

O nosso trabalho e esforço é reconhecido nos sorrisos espontâneos, acredito que ao promover uma oficina onde se utiliza a reutilização de materiais para criar, onde na construção de um cenário há uma preocupação em reutilizar, não desperdiçar, estamos já a marcar uma posição e permitir que outros o façam.

O macapi é um movimento informal, o trabalho de produção - onde redigimos os projectos, fazemos os contactos, esboços... trabalho de papel, é feito em Almada, num escritório que criei em casa. A construção é feita no Seixal - Corroios, na Casa das Artes do Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho.

Situações de ambos os concelhos, sentimos na pele, e hoje vivi uma situação especial que tenho de partilhar porque sinceramente, estou cansada de tanta pintura borrada.


Sobre a Zona Pedonal em Almada



Uma tarde comum de uma sexta - feira, fim de uma semana para alguns, um dia igual a todos os outros para outros.

Almada tem uma zona pedonal! O curioso nesta zona pedonal é termos de nos desviar dos carros, de um metro ou de um autocarro.

Há muitos problemas, acho que não há um sítio que não os tenha, salvo lugares remotos, perdidos nos interiores desabitados deste mundo onde se encontram seres que lutam pela diferença.

Sim, é global, mas é em Almada que estou, no entanto não é só para os Almadenses de gema ou de residência que dirijo as minhas palavras, é para todos os que disponham de interesse em ler e partilhar a consciência da mudança.

É triste não se preservar o local onde vivemos, é triste ver um povo não educar para harmonia e sim para a fachada da cidadania, é triste ver o desinteresse pelo ar que se respira, pelo chão que se pisa.

O sistema é automático, á frente dos governos estão personagens de um jogo corrupto de interesses pessoais.

Mas nós, povo, parecemos não nos importarmos com isso, preocupamo-nos sim com a nossa casa, com as nossas contas, com os nossos desejos consumistas... Não nos interessa de onde a comida vem, desde que se possa comprar. E isto é a oração de cada dia. Tudo se resolve com o poder de compra.

Mas é uma fachada, e muitos sabem-no, engolem o sapo a cada amanhecer.

Queremos continuar? É isto que queremos? Queremos um sistema que não nos respeita? Queremos ser indivíduos? Ou seres humanos?

As perguntas são muitas, todas têm a mesma resposta : NÂO!!!!

Eu não quero que os meus filhos, hoje crianças, sejam amanha indivíduos individualistas. Quero que sejam seres humanos com valores, com respeito, com um espaço saudável e harmonioso para darem continuidade á maravilha da vida e de estar vivo!

Não quero que o ar que respirem esteja contaminado, que não tenham água - que já não têm, a não ser que nós a compremos!!! Pagamos a água que bebemos, pagamos o ar que respiramos. Mas pagamos a quem??????? Porquê???????? Este amanha é hoje!!!!!! O Planeta é de todos!!!! É de tudo quanto tenha vida e não dinheiro!!!!

É uma longa batalha, onde cada ser é chamado a agir, a mudar. Por si, pelo seu bem estar, pelo bem estar comum. Se cada um de nós mudar por si onde está, com o que tem, a mudança colectiva surge.

Há um assunto comum nas mesas de café, nas viagens de transporte, na rua, nos encontros com amigos, um assunto que nos toca a todos, resume-se a : isto vai de mal a pior. Até aí já chegámos. E agora? Vamos continuar de braços cruzados?

É urgente falar, é urgente partilhar o sufoco destes tempos, sair á rua e gritar se preciso for. É preciso mudar hábitos! Mudar pensamentos, prioridades, filosofias, ideias.



Em Almada como em quase todas as cidades, temos situações curiosas, o vislumbre da Avenida que esconde o podre que não interessa mostrar, mas os Almadenses passam por lá e sabem-no; o estado de Almada Velha, Cacilhas, edifícios a ruir, carros estacionados nos passeios sem acesso a carrinhos de criança e cadeiras de roda, lixo, ratos mortos, terrenos destratados...

Nem as pessoas podem esperar da autarquia, nem a autarquia pode fazer sem o respeito das pessoas.

As pessoas queixam-se á autarquia, a autarquia se chegar a ouvir mexe-se a passo de caracol e resolve como nesta situação, cria uma zona pedonal desenhada para peões, mas sem condições para a coexistência entre peões, carros, metro, autocarros e outros transportes que circulam.

Hoje, numa tarde comum da Cidade de Almada onde a dualidade do mudar paira por si, moradores do centro da cidade decidiram usufruir do seu direito de ser peão e circular na zona pedonal promovendo uma iniciativa de ‘celebrar a zona pedonal’.

Entende-se por zona pedonal um local onde se pode caminhar, parar para conversar, deixar as crianças á vontade, mas... a dualidade de mudar e manter velhos padrões cria destas situações:

Citando partes dos textos distribuídos na rua e disponíveis nas informações do GAIA - Grupo de Acção e Intervenção Ambiental.

‘Primeiro que tudo uma questão simples: de quantos carros a circular precisa uma zona Pedonal? Resposta : Nenhum.

A zona pedonal é pequena e mesmo assim tem uma estação de metro, outra de autocarro e vários parques de estacionamento na periferia.

Qual a necessidade de violar os direitos dos peões na zona pedonal?
Nós, os peões, não podemos andar em paz e segurança uma vez que a maioria dos condutores, além de circular na nossa zona pedonal, ainda ultrapassa o limite de velocidade de 10km/h. Muitos de nós somos idosos, crianças e pessoas com dificuldades motoras. Se temos de fugir dos carros podemos acabar á frente de um metro ou autocarro.

Pensem no bem-comum de todos e deixem o carro na garagem, ou, melhor ainda, na vitrine do stand. Respeitem os peões, utentes deste espaço que usamos para viver e para fazer compras, contribuindo assim para o desenvolvimento do comércio local.

Façam a diferença e contribuam para um ambiente saudável e com boa qualidade de vida.’

Sendo eu moradora da cidade e sentindo na pele estas dificuldades decidi juntar-me á iniciativa.

É bom saber que há pessoas a agir pela diferença, a marcar posição face a um sistema de organização mecânico. Mas é triste ver que ainda há muita mudança e muita luta por uma consciência consciente. Por um cuidar do que se tem.

Em plena Praça do MFA, centro de Almada, um grupo de jovens circulava pela zona pedonal, os idosos que por hábito se juntam no Café Central olhavam e perguntavam o que se estava a passar, alguns diziam ‘ainda bem que alguém faz alguma coisa’.

Os meus dois filhos acompanharam-me, expliquei-lhes que íamos marcar posição e defender o direito de peões na zona pedonal, uma zona que nos permite andar mais descontraídos, mas que neste caso, temos de andar mais cautelosos.

A Joana, minha filha de 4 anos, erguia orgulhosa uma placa que dizia : Finalmente posso morrer atropelado na zona pedonal! - Comparados com esta afirmação ilustrada pela doce Joana cheguei a ouvir comentários do género - Vão trabalhar! Obrigam as crianças a andar aqui!! A aproveitarem-se das crianças!

Aquilo que se esperava ter como um momento de celebração e luta positiva pela mudança assumida, devido a estas mentalidades e a um batalhão de Polícias que se juntou para impor a força da autoridade, foi abalado, mas não perdeu um só dos valores em que acreditava e defendia.

Claro, quem quer mudar não está preocupado com a roupa que veste e sim com a água que bebe. A aparência fala alto, e o grau académico não lhe fica atrás.

Fui registando com a máquina em fotografias e video os momentos das primeiras voltas á Rotunda dos ‘Perseguidos do MFA’, estava descontraída, circulava na zona pedonal acompanhando a celebração, acompanhava os meus filhos que estavam contentes e conscientes do que estavam a fazer. Estávamos a desfrutar da zona pedonal como ainda não tinha-mos sentido quando, de repente, surge um Policia que me retira a máquina da mão e de cabeça baixa de forma a que a pala do seu boné não me deixa-se ver os seus olhos diz-me que não posso fazer registos de imagem, o código penal não permite que eu recolha imagens, então apagou tudo quanto tinha na máquina e disse ainda que se me volta-se a ver tirar fotografias que confiscava a máquina. Perguntei-lhe o seu nome e não me respondeu.

Curioso, os Polícias nunca trazem uma identificação de quem são, como se chamam. Talvez para não os identificarmos quando não actuam correctamente.

Houve várias situações, pessoas que apoiavam e partilhavam a luta, que pararam, leram os textos, que simplesmente valorizaram a zona pedonal.

É incrível como mesmo um pequeno acto tem tanto impacto. Espero que a cada segundo de tempo todos comecem a agir. Já não se trata de despertar, porque estamos simplesmente adormecidos ao de leve, é preciso sim acordar agora, levantar os braços e agir.

Onde quer que estejamos, basta dar o primeiro passo, passo a passo faz-se o caminho.

8.1.09

Novos Tempos



Novo ano... a todos o desejo de muita magia num ano de metamorfose.

O macapi está também a remexer a terra, vamos embarcar numa nova viagem feita de vários caminhos.

Nestes dois últimos anos construímos, aprendemos, experimentámos e eis que chega o momento de olhar para o que se fez e perceber o que se quer fazer, onde nos queremos envolver, o que temos para partilhar, a diferença que podemos ser.

Janeiro chega e com ele a brisa gélida do Inverno, vamos reparar o espectáculo 'Silêncio que se vai Contar o Fado' e prepará-lo para percorrer com o projecto Cutrede da Cultideias e com a Produção do Universar-te.

Histórias de Um Palhaço, que segue no Cultrede 2009 e Carolina e Os Contos que integra o Interculturas do CCRAM estão em mutação, estamos a rever as suas apresentações e seguirão em duas vertentes com novos pós de perlimpim.

Tobias e As Lendas está em pausa, á ideias novas para completar este projecto que vai ser renovado até á raiz.

Aos Sábados há Oficinas de Marionetas, a 3ª começa já dia 10, a atenção dirige-se aos Gigantones e a conclusão integra o desfile de Carnaval em Parada de Gigantones.

A Construção de Zazen é Zen e um trabalho suave e tranquilo que se cria momento a momento. A estreia será em Março com os aromas da Primavera.

Em Março começa também a 4ª Oficina de Marionetas, desta vez, e a concluir o grupo de Oficinas a atenção segue para as Sombras.


E depois a brisa morna sopra pólens de diversos sabores e os sonhos ganham cor.

Muitas mudanças, é um ano de crescimento interior e o macapi está sempre em movimento.

Abraços MacapiAnimados.