24.1.09

Somos todos responsáveis

Berta Sperber, Licenciada em Psicologia e Sociologia, especialista em Terapia Sistémica explica-nos porquê face ás guerras e á destruição planetária, não podemos permanecer indiferentes.

Torna-se difícil ficar indiferente ao horror que estamos a ver desenvolver no Médio Oriente. Vê-mos as imagens, conversamos com os amigos e tendemos a viver como algo alheio a nós, ou suficientemente distante para que possamos influir.

Sentimo-nos sem poder e ficamos a escolher uma posição, como se estivéssemos realmente informados dos acontecimentos que são gerados e quais as verdadeiras motivações.

Mais ainda, quando nos colocamos a favor de um lado ou de outro, estamos a legalizar o horror. Estamos a dizer que se justifica a guerra e a matança entre seres humanos, E é a isto que precisamos dizer um NÃO definitivo.

Nenhum motivo justifica danificar, torturar, privar dos seus direitos, ou matar um outro ser humano. A dignidade não ode ser espezinhada.

O ódio não tem final se não o diluirmos no amor incondicional. É a única energia que pode pôr um fim a tanta loucura.

Hoje a física quântica demonstra-o. Pode curar, pode construir e pode criar. Pode fazer luz onde tanta escuridão existe e, o nosso intelecto dirá que foi um milagre só porque não pode perceber esse nível da realidade.

Uma mensagem de amor emitida, percorre o planeta num minuto e desenvolve abundância e generosidade por todo o lado. Portanto, somos todos responsáveis e todos podemos mudar a realidade. Basta fazer uso do poder que temos.

Da mesma maneira negamos o que está a acontecer a nível ecológico: as altas temperaturas produzidas no Verão avisam de que o aquecimento do planeta e o seu desequilíbrio estão á vista e anunciam piores situações.

O desequilíbrio do nosso planeta estamo-lo a gerar nós próprios.

Indiferença = Cumplicidade
O que acontece se ficarmos indiferentes face a uma realidade que em diferentes aspectos nos está a anunciar perigos eminentes?

As preocupações continuam reduzidas ao próprio bem-estar, projectos ou misérias individuais.

O auto-engano ou a desconexão afirmam-se.

Somos todos protagonistas de tudo isto e temos o poder de alterar a situação se o decidirmos de forma conjunta.

Não faz falta uma revolução ou uma manifestação. Faz falta sim, desenvolver o amor incondicional conjuntamente e enviá-lo para todo o planeta que está a expressar o nosso desequilíbrio vingativo e a nossa avareza descontrolada.

Como é possível não entendermos que ninguém poderá sair favorecido desta vez?

Porquê este afã destrutivo nos domina e faz cúmplices de tanta loucura ambiental e humana???

Aquilo em que acreditamos influi sobre o planeta
Temos de nos observar. Se somos capazes de construir tanto caos podemos usar esse mesmo poder para construir um mundo equilibrado e em paz.

Temos de observar a concepção da vida e de nós mesmos que nos limita, que nos faz acreditar que somos alheios ao que sucede, que somos impotentes, ou que justifica os factos por crenças ou valores prejudiciais que nos deixam implorando que não nos afectem.
Tenho uma boa notícia: isto é só um olhar equivocado que nos ensinaram.

Cada ideia, sentimento e acção nos distintos mundos em que nos movemos tem a sua influência no planeta.


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Com lenha prometida, não se aquece a casa.
Só em actividade desejarás viver cem anos.
Não digas: 'é impossível'.
Diz antes: 'não o fiz, ainda'.

provérbio japonês

Movimento Almada Pedonal

Esta manhã, uma comitiva do movimento de cidadãos reuniu com o Vereador José Gonçalves, responsável pela Divisão de Trânsito.

As preocupações e reivindicações do movimento foram apresentadas e discutidas com o vereador.
O vereador considerou que existe uma sintonia entre os interesses deste movimento de cidadãos e o executivo da Câmara Municipal de Almada. A crítica à circulação de autocarros da TST por esta zona é mútua e o executivo municipal está a trabalhar com o Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT) no sentido de retirar as 4 carreiras que ainda circulam por esta zona e instaurar uma nova carreira mini-bus que faria um trajecto circular entre a zona pedonal e Almada Velha. Quanto aos autocarros em claro incumprimento - casos de autocarros que estacionam abusivamente na zona pedonal ou que a atravessam para recolha, o vereador garantiu queos TST já foram avisados e que, se não rectificarem a situação, passarão a ser autuados como qualquer outro veículo que não cumpra as regras da zona pedonal.

Quanto aos acessos especiais, José Gonçalves, salienta que procuram fazer uma redução faseada dos automóveis e das cerca de 1000 autorizações especiais actualmente concedidas pela ECALMA. Para o movimento de cidadãos, esta abordagem coloca um grave problema de segurança na zona pedonal e deixa um precedente difĩcil de mudar no futuro. “Embora o vereador nos tenha garantido que estas autorizações especiais são uma situação temporária, sabemos que, depois de habituadas, as pessoas dificilmente vão abdicar dos seus privilégios adquiridos”, comenta Silvia Hable, moradora do centro de Almada que esteve presente na reunião. O movimento pretende manter a pressão para que se ultrapasse o quanto antes esta situação de transição.

Foram ainda discutidas soluções técnicas e urbanísticas que permitam acomodar um conjunto de situações e necessidades dos moradores e utentes deste espaço. Em jeito de conclusão, Silvia Hable comenta que “a situação actual é altamente perigosa, desvirtua o espaço público e prejudica o comércio local. Por isso, temos que tornar esta zona verdadeiramente pedonal”.

Vários moradores e transeuntes apareceram para ver esta nova iniciativa do movimento de cidadãos, muitos deles expressando o seu apoio. 

Para o futuro está previsto o lançamento de um abaixo-assinado em defesa da zona pedonal.