27.1.09

Porquê Ibérica?

Os Romanos, os Lusitanos...


Os Romanos, já possuidores de um vasto império, cuja capital era Roma, chegaram à Península Ibérica no século III a.C. 

Tinham um exército muito bem organizado e armado, acabaram por dominar os povos Peninsulares, mas encontraram forte resistência por parte dos Lusitanos.


Os Lusitanos elegeram um chefe: Viriato. Ele, que havia sido pastor na serra da Estrela, transformou-se num grande guerreiro, conseguindo derrotar os Romanos em muitos combates. Os Romanos, sentindo-se fortemente ameaçados, contrataram três lusitanos, que assassinaram o seu chefe.


O lugar de Viriato foi depois ocupado por Sertório, um antigo general romano, que continuou a luta contra Roma. Os Romanos só conseguiram dominar toda a Península Ibérica após duzentos anos de lutas.


A presença dos Romanos na Península Ibérica durou cerca de oito séculos, durante os quais se deu o processo a que se chama romanização. Trata-se da adopção, por parte dos habitantes da Península, da cultura romana (a língua (o latim), os costumes e leis, a religião, a moeda, as técnicas de construção, a numeração romana, a arte, etc.).


Os romanos falavam latim, língua que deu origem à língua que falamos hoje.

Quando os Romanos dominavam a Península, nasceu Jesus Cristo (há 2009 anos), na cidade de Belém na Palestina. Vivia nessa altura e dominava a Península o rei Herodes.


Cristo pregava o Cristianismo, que era uma doutrina em que se anunciava a existência de um único Deus, a justiça, a igualdade e o amor entre os homens.
As populações, cansadas das tiranias dos Romanos, seguiam Jesus Cristo para ouvirem a sua palavra.


Isto não agradou aos Romanos que começaram a perseguir e a torturar os «cristãos» e estes tiveram mesmo de se esconder em túneis debaixo do chão para lá rezarem (eram as catacumbas).


Os romanos, já muito raivosos, acabariam por condenar Jesus Cristo à morte, crucificando-o no Monte do Calvário. Apesar deste acontecimento, a religião cristã continuou a desenvolver-se e mais tarde, o Imperador Romano Teodósio, converteu-se ao cristianismo.

Celtiberos, Lusitanos...

Os Celtas e os Iberos misturaram-se, originando os Celtiberos. Estes estavam
divididos em várias tribos, entre elas os Lusitanos, que viviam num território
situado entre os rios Douro e Tejo (a Lusitânia).


Os Lusitanos desenvolveram-se muito graças ao contacto com os Fenícios, os Gregos e os Cartagineses, que, ao contrário dos povos anteriores, não vinham do Norte e do Centro da Europa, mas sim do Mediterrâneo, e dedicavam-se ao comércio.
O contacto com estes povos foi benéfico : os Fenícios trouxeram o alfabeto, os Gregos o uso da moeda e os Cartagineses a conservação dos alimentos através do sal.

Os primeiros povos...

Portugal, o país onde vivemos, nem sempre foi como hoje o conhecemos.

Situa-se numa península, conjuntamente com Espanha, de nome Península Ibérica.

Esta foi sendo povoada ao longo de muitos séculos.
Povos de outras regiões começaram a chegar à Península Ibérica e aqui se instalaram, entre eles os Iberos e os Celtas.

A Península Ibérica foi sempre muito procurada pelas seguintes razões :

Boa situação geográfica;
Porta de comunicação entre a Europa e a África;
Banhada por numerosos rios e o solo era muito produtivo;
Clima ameno e o subsolo era rico em ouro, prata, estanho, chumbo e cobre.


Os Iberos estavam divididos em várias tribos, que se dedicavam ao cultivo da terra e à criação de animais. Este povo já conhecia a escrita. Vieram dar origem ao nome da Península Ibérica.

Os Celtas construíram povoados fortificados no cimo dos montes: os castros. As casas eram redondas, com telhados feitos de colmo. Ficaram também conhecidos no domínio da ourivesaria, pelo fabrico de jóias.



Ibéria também é o nome dado à ilha constituída por Portugal e Espanha antes da sua transformação em península, aquando a sua junção com França, há muitos milhões de anos.

A Península Ibérica fica situada no Sudoeste da Europa. 

Politicamente, três países se localizam nesta península: Portugal, Espanha e Andorra, além de um enclave território britânico ultramarino, Gibraltar.

Formando quase um trapézio, a Península liga-se ao continente europeu pelo istmo constituído pela cordilheira dos Pireneus, sendo rodeada a Norte, Oeste e parte do Sul pelo oceano Atlântico, e a restante costa sul e leste pelo mar Mediterrâneo

O seu ponto mais ocidental é o Cabo da Roca e o mais oriental o Cabo de Creus.
Com uma altitude média bastante elevada, apresenta predomínio de planaltos rodeados por cadeias de montanhas, e que são atravessados pelos principais rios.

 Os mais importantes são o rio Tejo, o rio Douro, o rio Guadiana e o rio Guadalquivir, que desaguam no oceano Atlântico, e o rio Ebro, que, por sua vez, desagua no mar Mediterrâneo.

As elevações mais importantes são a Cordilheira Cantábrica, no Norte; o Sistema Penibético (serra Nevada) e o Sistema Bético (serra Morena), no Sul; e ainda a Cordilheira Central (serra de Guadarrama), de que a serra da Estrela é o prolongamento ocidental. 

Densamente povoada no litoral, a Península Ibérica tem fraca densidade populacional nas regiões interiores. Excepção a esta regra é a região de Madrid, densamente povoada.

Ao longo dos tempos já foi chamada de vários nomes enquanto era governada por povos distintos. Entre eles, destacam-se os nomes Iberia e Hispania

Iberia foi o nome grego dado à península Ibérica, porque eles conheciam apenas a parte entorno do rio Íber

Hispania era o nome romano da península. A região, depois do período histórico denominado Reconquista, foi se transformando e os muçulmanos foram expulsos.

Com o casamento entre Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela, surge a Espanha e, com a guerra entre D. Afonso Henriques e o reino de Castela e Aragão, surge Portugal.

Na Península Ibérica são faladas sete línguas oficiais (a castelhano, o português e o inglês são oficiais, respectivamente, em Espanha, em Portugal e em Gibraltar; como co-oficiais encontram-se mais quatro: o catalão (oficial em Andorra), o galego e o basco - nas respectivas comunidades autónomas de Espanha, o aranês no Vale de Aran, e o mirandês (no concelho de Miranda do Douro) em Portugal; a estas há que somar mais algumas línguas não-oficiais (astur-leonês, aragonês e o romani), algumas delas com dialectos importantes (valenciano, andaluz, etc.).